Metodología transdisciplinar con perspectiva de género aplicada a la regeneración urbana: a propósito de las ciudades turísticas

Abstract

En un momento de profundo cambio social, cultural, político y tecnológico, aparecen nuevos protagonistas en un escenario cambiante cuya velocidad anuncia una realidad demostrada: los métodos de proyección y organización en la disciplina arquitectónica no tienen capacidad para dar respuesta a las problemáticas de un territorio diverso, complejo y en profundo proceso de mutación. Es el momento de interpretar (y adaptar) las realidades con las que convivimos, construyendo o intentando, una sociedad más justa. En el presente artículo se plantea una revisión de aquellas dinámicas de trabajo trazadas por la arquitectura ante nuevas metodologías de enseñanza, aprendizaje y acción, donde el tejido social se ve afectado como parte del proceso de renovación urbana. En este discurso es importante contar con referentes, revisiones y modelos capaces de suministrar herramientas para trabajar con los contextos urbanos vigentes. Como consecuencia, el juicio crítico esgrimido desde la experiencia y protagonismo de las mujeres, dibuja nuevas ideas de ciudad, convertidas en catalizadoras de aspectos como la seguridad o los cuidados. Al mismo tiempo, cobran especial importancia los procesos participativos, convertidos en herramientas de legitimación, aplicados con total urgencia y necesidad, a la ciudad turistizada, actualmente en crisis y profundo debate. La imperiosa necesidad de cambiar el modelo heredado provoca pues, la introducción de una variable hasta ahora ausente, pero que se vuelve totalmente imprescindible para atender al proceso con una valoración predominante del llamado “giro afectivo” en el diseño de la ciudad habitable, y entender cómo la experiencia (corporal) está conectada con la vida pública, y viceversa.

At a time of profound social, cultural, political and technological change, new protagonists appear in a scenario that in turn is changing at full speed and that announces a proven reality: the methods of projection and organization in the architectural discipline do not have the capacity to respond to the problems of a diverse, complex territory and in a profound process of mutation. It is time to interpret (and adapt) the realities with which we live, building or trying to build a more just society. This article proposes a review of those work dynamics outlined by architecture in the face of new teaching, learning and action methodologies, where the social fabric is affected as part of the urban renewal process. In this discourse it is important to have references, reviews and models capable of providing tools to work with current urban contexts. As a consequence, the critical judgment wielded from the experience and prominence of women draws new ideas of the city, converted into catalysts for aspects such as safety or care. At the same time, participatory processes become especially important, converted into legitimation tools, applied with total urgency and necessity, to the touristic city, currently in crisis and deep debate. The urgent need to change the inherited model thus causes the introduction of a variable that has been absent up to now, but which becomes totally essential to attend to the process with a predominant assessment of the so-called “affective turn” in the design of the habitable city, and to understand how (bodily) experience is connected to public life, and vice versa.

Numa época de profundas mudanças sociais, culturais, políticas e tecnológicas, surgem novos protagonistas num cenário que por sua vez está a mudar a toda a velocidade e que anuncia uma realidade comprovada: os métodos de planeamento e planificação na disciplina arquitetónica não têm capacidade dar resposta aos problemas de um território diverso, complexo e em profundo processo de mutação. É tempo de interpretar (e adaptar) as realidades com as quais vivemos, construindo ou tentando construir uma sociedade mais justa. Este artigo propõe uma revisão dessas dinâmicas de trabalho delineadas pela arquitetura face às novas metodologias de ensino, aprendizagem e ação, onde o tecido social é afetado como parte do processo de renovação urbana. Nesse discurso é importante ter referências, resenhas e modelos capazes de fornecer ferramentas para trabalhar com os contextos urbanos atuais. Como consequência, o juízo crítico exercido a partir da experiência e protagonismo das mulheres desenha novas ideias de cidade, convertidas em catalisadoras de aspectos como a segurança ou o cuidado. Ao mesmo tempo, assumem particular importância os processos participativos, convertidos em instrumentos legitimadores, aplicados com total urgência e necessidade, à cidade turística, atualmente em crise e profundo debate. A urgência de mudança do modelo herdado provoca, assim, a introdução de uma variável até agora ausente, mas que se torna absolutamente essencial para atender ao processo com predominância da valorização da chamada “virada afetiva” na concepção de a cidade habitável, e entender como a experiência (corporal) está ligada à vida pública, e vice-versa.