Los cuidados como herramienta de integración política: los clubs y sociedades de mujeres de Londres como inicio del movimiento sufragista de la primera ola feminista

Abstract

Durante la era industrial, se instauró una marcada división entre las actividades productivas y reproductivas, asignando estas labores al hombre y a la mujer, respectivamente. Entre las actividades reproductivas estaban los cuidados realizados por las mujeres en el espacio doméstico. Esta división creó un distanciamiento de las mujeres del espacio público dificultando su posibilidad de participación en la política. Sin embargo, un grupo de mujeres a finales del siglo XIX subvirtieron esta situación a través de utilizar los cuidados como herramienta de emancipación política. A través de establecer lugares que ofrecían actividades relacionadas con los cuidados en el espacio público, en este caso hacia otras mujeres, realizaron la primera transición en la definición de los cuidados de una actividad doméstica a una social. A su vez, este cambio posibilitó la incorporación de la mujer al tejido productivo al mismo tiempo que posibilitaron su presencia en el espacio urbano. Este artículo analiza estos lugares, los clubs de mujeres en Londres que generaron los primeros movimientos sufragistas que desembocaron en el derecho al voto de la mujer en el Reino Unido y por tanto su participación en la política de su país.

During the early years of the industrial era, a growing division was established between productive and reproductive activities. In turn, these activities were allocated to men (productive) and women (reproductive) respectively. Among those reproductive activities, there was the act of care exclusively performed by women in the domestic space. This division created a disconnection of women from the public space, making it difficult for them to participate in politics. However, a group of women at the end of the 19th century subverted this situation by using care as a tool for political emancipation. By establishing places that offered care-related activities in the public space, in this case for other women, they achieved the first transition in the definition of care from a domestic to a social activity. In turn, this change made it possible for women to be incorporated into the productive fabric while enabling their presence in the urban space. This article analyses these -places, the women’s clubs in London that generated the first suffragette movements that led to women’s right to vote in the United Kingdom. This led to their participation in their country’s politics.

Sabe-se que, durante o desenvolvimento da era industrial, começou a se estabelecer uma divisão crescente entre atividades produtivas e reprodutivas, e a atribuição destas a homens (produtivas) e mulheres (reprodutivas), respetivamente. Entre as atividades reprodutivas estavam os cuidados realizados pelas mulheres no espaço doméstico. Essa divisão criou um distanciamento das mulheres do espaço público, dificultando sua participação na política. No entanto, um grupo de mulheres no final do século XIX subverteu essa situação ao usar o cuidado como ferramenta de emancipação política. Ao estabelecerem locais que ofereciam atividades relacionadas ao cuidado no espaço público, neste caso a outras mulheres, elas fizeram a primeira transição na definição do cuidado de uma atividade doméstica para uma social. Por sua vez, essa mudança possibilitou a incorporação das mulheres ao tecido produtivo ao mesmo tempo em que viabilizou sua presença no espaço urbano. Este artigo analisa esses lugares, os clubes de mulheres em Londres que geraram os primeiros movimentos sufragistas que levaram ao direito de voto das mulheres no Reino Unido e, portanto, à sua participação na política de seu país.