Resumen | No ano de 2003, um dos canais televisivos mais famosos do Brasil – a Rede Globo anunciava a
minissérie baseada no romance de Leticia Wierzchowski - A casa das sete mulheres. O enredo
retratava, tal como no espaço romanesco, ...
No ano de 2003, um dos canais televisivos mais famosos do Brasil – a Rede Globo anunciava a
minissérie baseada no romance de Leticia Wierzchowski - A casa das sete mulheres. O enredo
retratava, tal como no espaço romanesco, a história de sete perfis femininos, no período da
Revolução Farroupilha2 (ocorrida no Rio Grande do Sul, no século XIX), utilizando-se, para isso,
da narrativa, em diário, da personagem Manuela. Embora o texto original tenha sofrido algumas
alterações para que fosse adaptado à linguagem televisiva, a essência do enredo traçado por
Wierzchowski permaneceu na apresentação da trama. Sendo assim, mostrava-se, em rede
nacional, que um romance escrito por mulher ganhava repercussão significativa na mídia
brasileira. Outrossim, o fato histórico apresentado na minissérie em questão, se analisado por
uma perspectiva de gênero, comprovava que, em tempo de guerra, a força e a coragem
femininas podiam ser demonstradas fora do campo de batalha. Tendo em vista o exposto acima,
propomos, neste trabalho, a realização de uma análise da obra citada, no intuito de refletirmos
sobre como se dá o processo de construção da identidade feminina, em A casa das sete
mulheres, a partir da memória, considerando, para isso, duas linguagens diferenciadas: a
romanesca e a televisiva.
|