Resumen | Figura mítica e arquetípica, a donzela guerreira vem povoando o imaginário popular há séculos.
Desde “Mu-lan”, balada anônima cuja história vem sendo contada há, pelo menos, quinze
séculos, a forma tradicional deste mito ...
Figura mítica e arquetípica, a donzela guerreira vem povoando o imaginário popular há séculos.
Desde “Mu-lan”, balada anônima cuja história vem sendo contada há, pelo menos, quinze
séculos, a forma tradicional deste mito tem sido encontrada em perfis femininos presentes em
obras literárias diversas. Na Literatura Brasileira, Diadorim, de Grande Sertão: Veredas, segue
os princípios fundamentais da donzela guerreira em sua forma tradicional. Entretanto, em
Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz, o mito em questão passa a ser delineado de
uma forma inovadora, híbrida, seguindo o princípio de que o mito pode ser rememorado ou
reatualizado, cabendo ao ser humano aplicá-lo à sua existência para que ele possa, enfim,
atingir o amadurecimento. Considerando o exposto, é objetivo deste trabalho traçar uma análise
do mito da donzela guerreira em suas manifestações ficcional/tradicional, ficcional/híbrida e
real/histórica. Para tanto, a título de exemplo, utilizaremos, no espaço romanesco, as
personagens Diadorim, do romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa; Maria Moura,
da obra Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz e, sob a perspectiva do mundo real,
apreendido em um dado momento histórico, trabalharemos com a Monja Alférez, de Catalina
Erauso.
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